terça-feira, 20 de novembro de 2012

reencontro


Acabo de vir de um encontro fantástico.
Encontrei-me com aquela menina alegre e sorridente que é capaz de iluminar o dia mais nublado com seu sorriso maroto.
Aquela menina que leva a vida numa boa, que sabe que é capaz.
A menina que sabe que a vida é muito mais do que uma mentira, ou do que um simples momento, e portanto não deve ser levada tão à ferro e à fogo, como eu faço sempre.

Ah meu Deus, como é bom encontrar essa menina!

Essa menina me faz sorrir sempre de um jeito que ninguém mais consegue.
Só ela entende a minha amargura, e não me condena.
Ela nem consegue ficar triste por mim, porque no fundo ela acredita que eu vou vencer tudo isso um dia.
Como é bom sempre que encontro essa menina...
Já fazia tanto tempo que eu não a via que pensei que tinha ido embora, ou esquecido de mim, ou que  tinha me abandonado por não aguentar tanto rancor que carrego todos os dias.

A mulher que me tornei não deixa espaço para essa menina.



Mas essa menina perdoa. Mais que isso, essa menina se entrega: ao amor, às pessoas, à vida.
Essa menina me entende, e ela menina me ama também.
Foi tão rápido nosso encontro, e é sempre assim.
Ela vem, me ilumina com um sorriso, e no seu olhar eu posso ler tudo o que preciso para compreender quem eu não sou.
Apenas com um olhar ela me transforma por completo, nem que seja por apenas alguns instantes.
E então ela vai embora... Como sempre...

Essa menina sempre vai embora.


Dessa vez eu não sabia se ria por estar com ela, ou se chorava por saber que ela já estava indo embora.
Eu sempre tenho dessas indecisões: aproveito o momento ou lamento o seu fim?
Que saudade eu tenho dessa menina...
Ela, que as amarguras da vida tiraram de mim.
Ela que me fez vencer tantos desafios.
Ela que um dia foi embora sem se despedir...
Ou fui eu quem partiu? Fui eu quem disse adeus?
Ou fui em quem mudei? E ela precisou se mudar de mim?


A boa notícia é que ela ainda existe. E continua linda como sempre, poderosa como sempre, alegre como sempre e confiante como sempre.

A boa notícia é que essa menina ainda acredita em mim, mesmo quando eu não acreditava mais nela...
A boa notícia é que essa menina ainda vive em mim. 
Em algum lugar onde eu não me lembro mais é a casa dela. 

Eu só preciso encontrar o caminho de volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário