quarta-feira, 11 de setembro de 2019

vanished

eRA UMA VEZ UMA MENINA QUE amava tirar fotos e que estava desaparecendo das fotografias...

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

há 4 anos...

Vi um homem puxando um desses aparelhos antigos de vídeo cassete. Ele puxava pelo fio, como se fosse um cachorro na coleira. As pessoas riam... Eu não.
Achei aquilo tão triste...


terça-feira, 25 de junho de 2019

adjetivos

Fico impressionada em como é tão fácil hoje em dia pra muita gente, usar adjetivos. 
Qualquer coisa é "sensacional", ainda que seja apenas uma coisa comum.
Muita gente sente a necessidade de ser rotulado com um adjetivo maravilhoso, espetacular.
Quando que para mim, só considero algo sensacional quando esse algo é realmente extraordinário.
E extraordinário pra mim é tudo aquilo que as palavras não conseguem descrever.
De resto, coisas simples são simples, e merecem adjetivos simples, comuns.
A vida se tornou um espetáculo, onde tudo o que se faz é visto e classificado, rotulado e adjetivado. 
É assim que começa a banalização de tudo.
Quando um simples filme medíocre, por exemplo, é rotulado como algo sensacional, atraindo assim a atenção de pessoas ingênuas e impressionáveis, a palavra "sensacional" perde o seu significado. De modo que quase nada mais me impressiona.
Você nunca sabe quando está prestes a ver algo realmente incrível e sensacional, ou apenas algo ridiculamente ordinário, do qual não vale a pena investir seu tempo assistindo.
Pensando melhor, não sei se é o processo de banalização, ou a sociedade do espetáculo apenas, ou se no final das contas, as pessoas é que perderam o senso crítico de vez.
Um mundo onde tudo é sensacional e incrível, e nada tem nenhum sentido.
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

obviedades # 44

Parece que o segredo de uma vida feliz nesse mundo de merda em que vivemos é silenciar os seus sentimentos.

Dormência é a nova paz de espírito.


sábado, 9 de fevereiro de 2019

constatação # 9


De todos os "adeus" que eu tive, o mais dolorido é o adeus que tenho que dar aos planos que eu tinha para nós.
Todas as risadas que eu sonhei pra nós, os caminhos que caminharíamos juntas, as longas horas no carro para chegar em algum lugar, ou lugar nenhum, porque o que importaria seria a viagem, não o destino.
Dar adeus às flores que não vimos juntas, às músicas, os cheiros, as paisagens, os pores de sol...

Dar adeus às conversas, e também aos silêncios...

Se bem que silêncio é só o que resta pra nós. Mas o silêncio que ficou é um silêncio diferente do que seria se você viesse.

Esse silêncio que fica, ao qual eu sou apresentada, é um silêncio que fere sem ferir. É um silêncio que realmente não diz nada.
E o pior dos silêncios é esse silêncio calado que nada diz.