sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

period

Dormir é colocar um ponto final nas coisas.

30 de dezembro de 2016

Se a gente soubesse o buraco que deixa quando vai embora, a gente nunca partiria...

sábado, 24 de dezembro de 2016

aos meus amigos, um feliz Natal


Alguns de vocês eu vi faz pouco tempo, outros há muito tempo atrás. E nada como final de ano para, mais uma vez, lembrar daqueles que fizeram e ainda fazem parte da nossa história. 
Quero desejar a todos vocês um lindo e feliz Natal. 
Na pele agora eu sinto que não é suficiente estar rodeado de símbolos natalinos. Não é suficiente ouvir as mesmas canções que cantamos apenas uma vez no ano. Não basta apenas reunir a família ao redor de uma mesa (algumas fartas, outras mais humildes) para celebrar uma data. Tudo isso é importante, claro, e é muito maravilhoso, mas não basta.
Devemos celebrar acima de tudo o motivo para tudo isso.
Jesus nasceu, e por isso é Natal. E eu desejo do fundo do meu coração, que o Natal não seja apenas mais uma celebração com músicas e reuniões, despida do real significado que é o Cristo que nasceu. Meu desejo para você é que no seu coração, todos os dias seja Natal.
Ele não foi bem vindo, não tinha nem um lugar digno para nascer. Mas que a cada dia ele seja não apenas bem vindo, mas convidado de honra no seu coração. 
Algumas cadeiras estão vazias o ano todo, e só são preenchidas nessa época, na reunião de família. Agora que me encontro longe da minha família sinto isso na pele, a dor de não poder – neste momento de alegria e celebração – ocupar minha cadeira lá em casa. Vai ter que esperar.
Não façamos Jesus esperar. Não deixemos sua cadeira vazia, apenas o convidando uma vez ao ano para celebrar Natal. Que a cadeira de Jesus em nossa vida seja todos os dias preenchida com a doce presença do Salvador.
Amo vocês. Aos de perto, e aos de longe, um feliz Natal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

terça-feira, 29 de novembro de 2016

vácuo

Estou rodeada de inspiração, de motivos, sons e sabores, cheiros e cores, e no entanto, não tenho vontade de escrever...

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

delicadamente

Quando uma poesia bate à porta do pensamento, se você não abre logo 
ela vai embora.
E pode ser que não volte nunca mais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

evaporar-se

Tem uma coisa na luz da vela que me fascina.
Não sei se é o movimento, ou se é o fogo em si, mas há algo hipnotizador na luz de velas.
Talvez por ser um fogo contido, controlado, pequenino, que se move inofensivo mas que, sabemos, arde de qualquer jeito e pode queimar.
Tão singelo, tão silencioso, tão humilde... 
O fogo da vela parece nos olhar nos olhos enquanto arde.
Parece nos observar.
O fogo da vela é expectador silencioso da nossa própria vida queimando-se no fogo das horas, como o pavio queima no fogo da vela que se derrete.
E quando o pavio termina, o fogo simplesmente se apaga, silencioso, calado, despercebido. 
Velas não fazem alarde, elas simplesmente evaporam.



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

S.O.S

Tem tanto barulho, tantos sinais, tanta gente atordoada, perdida e ferida. Tem tanta confusão, tantos conselhos, tantas mentiras disfarçadas de verdade, que eu me pergunto: 

"como é que se pede socorro hoje em dia?"

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ponteiros

Dizem que o tempo é passageiro, mas na verdade quem passa somos nós.
Passamos de uma fase para outra na vida.
Passamos de uma hora pra outra, somos tão passageiros.
Passageiros do mundo, onde entramos ao nascer, e saímos ao morrer, e nesse meio tempo - a que chamamos de vida - passamos o tempo todo ocupados.
Nos ocupamos de tudo na vida, no mundo onde estamos de passagem, nos ocupamos de estar, de fazer, de aparecer, mas poucos se ocupam de ser. E ser é a única coisa que realmente importa enquanto estamos de passagem, porque o que somos é a única coisa que fica.

domingo, 23 de outubro de 2016

1 new message

Era da tecnologia, da comunicação, e do isolamento.
Esses são os tempos que vivemos.
Nas mídias "sociais" vejo quase todo mundo compartilhando suas vidas vazias de significado, numa tentativa desesperada de dar algum valor aos seus dias solitários.
Todos jogam o jogo do que "quem se importa menos", ignorando recados pra ver quem vai ceder primeiro. Nesse jogo doentio, o "perdedor" é aquele que cede, que responde, que dá atenção.
O "vitorioso" é quem ignora, quem esquece, quem rejeita, quem não retorna a ligação.
E no final do dia, os ditos vitoriosos deitam suas cabeças cheias de medos no seu travesseiro, retornam para uma cama vazia.
A caixa de mensagens está sempre cheia.
As fotos estão cheias de "likes".
A comida está sempre farta.
As viagens estão cada vez mais requintadas.
Os roteiros estão cada vez mais exóticos.
As roupas cada vez mais caras.
Os corpos cada vez mais magros.
Os sorrisos cada vez mais largos.
A inveja cada vez maior.
Os animais cada vez mais humanizados.
As ideologias cada vez mais propagadas.
Os fatos cada vez mais discutidos.
O mundo está cada vez mais conectado.
O universo cada vez mais compartilhado.
E as pessoas estão cada vez mais vazias.
Estão vivendo uma vida de mentira, de vitrine, de photoshop e cirurgia plástica.
E as pessoas estão cada vez mais sozinhas.
E as camas estão cada vez maiores, para dar conta de aconchegar a solidão.
E os corações medrosos, cada vez mais amargurados, por saber que já não sabem mais amar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

anúncio # 2

Procura-se um lugar, nem precisa ser grande coisa, pode ser apenas um cantinho, onde caiba nem que seja só a alma agachadinha, que é pra tentar escapar do momento em que o mundo todo desmoronar..."

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Occupe-toi de tes oignons

Je ne parle pas français... 
so...
let me say that in old and good Portuguese:
Cuida da sua vida!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

humanity

I can't understand how someone can see poverty and people living extremely bad and not to be moved by it.
How can a human being watch another human being living worse than animals, and not - at least - feel a deep sadness in their soul?
How can we watch people taking food from the garbage, and not to cry all night long?
How can we be so bad?

How can we be so inhuman?



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

out of place

It feels like April.
The breeze, the sun slowly losing its power of heat, the leaves falling, and this melancholy in my heart.
It  feels like home.
The cold outside, and the warmth inside of a cup of cappuccino.
It feels like yesterday.
I close the door behind me as I look at the loved ones doing their businesses, while I complain about something wrong that happened in my day.
It feels like a hug.
The sadness as such filling my soul and I just watch that look into your eyes that makes me melt inside.
It feels like a dream...
I am now where I am supposed to be for the rest of my life, even though my heart aches for the sunny down.
It feels like happiness.
All the memories of another Autumn, another falling, another leaves, another house, another country, another people, another breath, another stars but the same old moon up in the sky.
It feels like a moment.
That moment when I finally feel belonging to somewhere else than myself.

domingo, 18 de setembro de 2016

revisitar

De repente ficou tudo tão quieto que me assustou pela calmaria.
E eu tinha todos os motivos pra estar com medo.
Entrou um vento e tirou tudo do lugar, bagunçou com tudo aquilo que eu tão meticulosamente escondi debaixo dos tapetes da alma.
Que importa se não está de fato arrumado?
A um armário bagunçado basta fechar a porta para se ter a impressão de que está organizado.
E de que importa sabermos que a bagunça está apenas trancada, escondida atrás de portas fechadas?
O importante é que quem vem de fora tem a impressão de que tudo está bem.
Mas agora esse vento entrou e tirou tudo do lugar, escancarou portas e expôs toda a minha desordem.
E eu odeio tanto tudo isso, especialmente porque agora eu vou ter que rever, de novo, todos os meus conceitos.
Estou cansada de ter que, toda vez, reler os mesmos diagnósticos sobre mim mesma para tentar me entender. 
E exatamente quando eu achava que já estava em paz comigo mesma...

domingo, 11 de setembro de 2016

estrada # 2

Quem nunca se sentiu perdido, ou com medo do escuro?
Quem nunca se sentiu pequeno, sentado no vazio, e assustado pelo futuro?
Diga, quem nunca se sentiu partido, caminhando sobre a corda bamba?

Quem nunca se sentiu sozinho? Quem nunca sujou os pés na lama?


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

rastros

De que são constituídas as memórias?

O que é que torna um momento, ou pessoa, ou objeto ou lugar tão precioso que aquilo se imprime na nossa mente e coração de modo que começa a faz parte de nós?

Como esse processo de fundição acontece?

Mais intrigante é que a gente nunca sabe que aquele instante tão pequeno na imensidão espaço tempo vai se tornar algo tão magnânimo e digno de nosso carinho e atenção pra sempre.

Acho curioso pensar que as memórias estão não somente na nossa mente, mas que conseguem transcender e se tornarem físicas de alguma maneira, ao passo que se imprimem em um objeto, um pedaço de papel, um cheiro, uma paisagem.

Como as fotografias, que são capazes de literalmente captar a imagem de um momento.

E é vivendo que formamos memórias, que construímos momentos dignos de serem eternizados.

Quando alguém morre, essa pessoa não pode mais participar de nossos momentos, ela vive apenas na nossa memória. Não tem como criar novas lembranças de alguém que já morreu. Esse pensamento é tão triste. Você vai fazer aniversários, e aquela pessoa não estará lá presente, não vai aparecer nas fotos, sua voz não será ouvida no parabéns, seu cheiro, seu calor, nada disso fará parte de suas memórias, nunca mais. Em um certo ponto da vida, como uma pintura antiga, as memórias daquela pessoa vão se apagando, perdendo o brilho, desvanecendo pelo tempo e a distância.


A memória também se apaga... 

A memória também desvanece, ficando apenas aquele vazio e a certeza de que antes tinha algo precioso ali, que agora já não existe mais.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

sábado, 13 de agosto de 2016

orgulhosamente

O mundo me coloca um nariz vermelho querendo me humilhar? Que grande perda de tempo... porque eu me orgulho do meu nariz vermelho!

domingo, 31 de julho de 2016

obviedades # 38

Eu nunca tinha parado pra pensar que são as dificuldades que nos motivam a seguir adiante.

Como num jogo, quando é fácil demais, simplesmente perdemos o interesse e após um tempo, desistimos de jogar, pois sabemos que vamos simplesmente passar de fase após fase sem esforço algum.
Agora, quando o jogo tem complicações, isso nos desafia a superar os obstáculos e seguir adiante, porque nos torna curiosos da próxima fase e dos próximos desafios.
Os desafios e dificuldades nos tornam curiosos a nosso respeito, nos faz querer saber qual desafio é impossível, a nós, de ser superado.
E claro que um desafio muito grande também nos desanima e faz querer desistir, mas sempre fica rodando em segundo plano na nossa cabeça: "Eu poderia superar isso?"

domingo, 24 de julho de 2016

sexta-feira, 15 de julho de 2016

time traveling

Quem diz que viagem no tempo não é possível é porque nunca sentiu saudade e, de repente, ao sentir um cheiro ou ouvir uma música, é automaticamente teleportado para aquele momento no passado...

quinta-feira, 23 de junho de 2016

solitaire

Engraçado que na vida é assim: 
você começa jogando pra ganhar.
daí, depois de tanto levar porrada, você acaba se conformando em apenas terminar o jogo.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

sexo frágil

Num mundo onde mulheres são vistas como inferiores, frágeis (mas não no sentido benéfico da ideia por trás da palavra), onde mulheres são violentadas, violadas, assassinadas, no mínimo maltratadas - justamente por serem vistas como inferiores - e não se abre um gigante debate sobre o assunto, é cada dia mais assustador ser mulher.
Acordar todos os dias num mundo onde até em países que se dizem desenvolvidos, o número de estupro e violência contra a mulher é ridiculamente alto, onde a polícia faz vista grossa para que esses números não sejam ainda maiores e isso assuste a mídia internacional e manche a imagem soberana e intocada desses países, é acordar para um mundo de merda, um mundo deformado, um mundo que não parece ser habitado por seres "humanos".
Da África ninguém se lembra mais. Até parece que as mulheres daqueles países tão pobres e esquecidos são menos gente, menos humanas que as mulheres brancas europeias, ou as norte americanas.
Das muçulmanas ninguém ousa falar, por ser muitas vezes uma questão cultural e religiosa, e religião... sabe como é né? Religião não se discute.
O que dizer, então, dos países considerados cristãos, onde os próprios que se dizem cristãos e defensores da família fecham os olhos para os abusos sofridos por mulheres dia após dia?
Ser mulher e acordar num mundo onde uma adolescente é estuprada por mais de 30 homens, e isso é visto como piada e "consensual", é acordar para um mundo podre, não apenas doente mas em estado terminal dessa doença que o assola.
Disseram ser consensual... Porque, óbvio, todo mundo sabe que esse é o sonho de qualquer mulher, é fantasia sexual de qualquer menina ser violentada por 30 homens, um após o outro.
Não importa se a estatística é Sul Americana: 1 estupro a cada 11 minutos!
Ou se é europeia: 8 estupros por dia.
Não importa!
Ser mulher e acordar num mundo onde homem pode se achar no direito de enfiar o membro dele em alguém só porque esse alguém é mais fraco, é acordar para um pesadelo.

terça-feira, 17 de maio de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

(in)sanitário

Munida de um arsenal de limpeza, eu estava determinada a sumir com aquela mancha no vaso sanitário. Casa velha, tudo velho, e um vaso sanitário encardido. Eu não estava acostumada em morar numa casa onde o vaso sanitário é encardido. Então finalmente criei coragem e me dispus a limpar. Usei uma esponja de aço, e esfreguei a mancha com toda a minha força, e água sanitária, e outras denominações de desinfetantes e miraculosos tira manchas. Ao final do processo, meu braço estava cansado, as luvas furadas, e as manchas agora eram cinzas, da cor da esponja de aço. Fiquei tão furiosa e frustrada.
No final do dia o único assunto na minha cabeça era o vaso sanitário, eu só conseguia pensar nisso, nos motivos pelos quais não consegui limpá-lo, e o quanto me incomodava aquela mancha horrorosa, parecia que estava sempre sujo, não importava o quanto eu limpasse.

Foi então que me ocorreu um questionamento: quando foi que me tornei essa pessoa tão desinteressante?

quinta-feira, 12 de maio de 2016

be right back

There are always those five minutes in life that I think I can do anything 
I want.
But then, for some unknown reason they are dragged away from me, and I feel the same useless person as always.
If I just could make those five minutes miracle last for more then just five... Then maybe, just maybe I  could do anything I want.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

arrebatada

Não conseguia dormir de tanto 
sono que estava.
Tomei um remédio pra ajudar o 
sono a me vencer.
Mas não sei se foi por isso que tomei o remédio, ou se foi porque eu adoro essa sensação de não estar em nenhum lugar.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

musa

A inspiração é uma puta que te abandona no meio da transa, sem você nem mesmo perceber.
Quando dá por si, ela já foi embora.

domingo, 24 de abril de 2016

inexata

Não lido com dados exatos.
Eu lido com abstração, com sentimento, com ideias.
E isso me faz feliz.
A exatidão das coisas me entedia.
Coisas exatas me entendiam.
Amo o louco, o sem razão, o sem nenhum sentido.
Talvez porque eu passe a maior parte do tempo tentando entender e explicar a mim mesma e tudo ao meu redor.
E como sempre me frustro nessa tarefa, a arte me completa, porque consegue abordar tudo o que não faz sentido e ainda assim me deixar em paz com isso.
Essa desordem que a arte carrega, esse caos intrínseco, toda essa urgência, e a revolução inerente...
Os questionamentos que levanta, as perguntas que deixa sem resposta...
Tudo isso me fascina.
A arte não entrega nada de bandeja. Amo essa sugestão que a arte faz sem impor nada. Esse respeito que tem pelo seu criador, o humano.
Amo o oferecer sem obrigar
Amo o convite que a arte faz a cada ser humano, e a total liberdade em recusar que juntamente com o convite vem.
Sinceramente, eu morreria de tédio se vivesse às custas de um mundo que faz sentido, cuja exatidão apavora.
Alguns podem dizer que é uma fuga da realidade.
Pois digam o que quiser, a arte lhes permite isso.
Mas para mim não é fuga nem escape. É espelho, é lente de aumento.

É a verdade nua e crua, escancarada diante dos meus olhos, mas não com exatidão, porque não é assim que a realidade é. Ao menos não creio que seja. Pois quem garante que a realidade é a mesma para todos?
Para mim é diálogo, é debate.
Para mim é saída...
Arte pra mim é liberdade. São as asas que me faltavam.

São Paulo!!


Forgive the English mistakes... I'm still learning :)

domingo, 10 de abril de 2016

banheiro: o templo sanitário

agora que tenho tempo sobrando, dá pra me dedicar a certas coisas estúpidas, como falar obviedades pra todo mundo que queira ouvir...


domingo, 21 de fevereiro de 2016

dressed up

Sua dor era tanta que ela precisou cortá-la em pedaços menores para conseguir lidar com ela.
Pegou, então, sua melhor tesoura e cortou aquele que antes foi seu vestido preferido, mas que na última vez que vestiu lhe fez sentir feia, desajustada, e a fez lembrar que não tinha mais o corpo dos seus 20 anos.
Cortou o vestido...
E como não lhe fora suficiente, pois ainda lhe doía muito, picotou em pedaços ainda menores.
Enquanto o cortava, não se lembrou de chorar nenhuma vez; estava concentrada destruindo aquele que lhe causou uma dor diante do espelho, na esperança de assim eliminar a dor que seu coração carregava.
Ao final, só os pedaços do vestido espalhados pelo chão.
Seus olhos secos como o deserto.
Seu coração duro como pedra.

sábado, 23 de janeiro de 2016

see you soon

I'm writing a book.
I hope you like it.
Soon will be out there with all the words I chose very carefully to delight my own soul, and maybe - just maybe - please someone else's heart.
I'll see you soon.