segunda-feira, 20 de março de 2017

definição # 2

de estupidez: 

"Tratar como eterno aquilo que é fugaz".

relatividade

Ninguém às vezes é nenhuma pessoa.
Às vezes, é muita gente.
E às vezes é todo mundo...


sexta-feira, 17 de março de 2017

et år

Há um ano, esperar por um ano se passar era uma longa espera. Hoje, um ano atrás foi ontem. E tenho quase certeza de que, amanhã, um ano vai ser uma eternidade...

quarta-feira, 15 de março de 2017

Mateus 6:11

Se você não pode lutar porque tem medo, é compreensível.
Se você não sabe lutar porque não tem treino (conhecimento), é compreensível e passível de mudança.
Se você não quer lutar porque não acredita na causa, ou ainda porque está bem acomodado em cima do estopim, até isso é compreensível.
O que nunca será possível de compreender é se você quiser impedir os que lutam.
Não lutar é um direito seu. Então deixe quem precisa lutar, ir à luta. Porque para alguns a luta não é opcional, é questão de sobrevivência.

segunda-feira, 13 de março de 2017

sponsored

Pra todo canto que eu olho, todo site que acesso, todo aplicativo que eu uso, toda roupa, toda revista, todo filme, enfim, tá tudo bombardeado de publicidade de um tal jeito que eu temo que, em breve, no meu sonho tenha um link patrocinado...

quinta-feira, 9 de março de 2017

stubborn

Houve um tempo em que eu queria ser a mudança no mundo, ser diferente, a cara da revolução.
Eu vivia uma vida esperando por essa guerra que iria me libertar de mim mesma, do meu egocentrismo para viver em função de uma causa ou salvar pessoas.
Eu já quis mudar o mundo. Eu acreditava que seria possível mudar o rumo da história, acreditava que alguém como eu fosse capaz de fazer algo tão significativo que mudaria essa situação calamitosa e miserável em que vivemos.
Eu já acreditei que seria capaz de fazer a revolução, sem ao menos saber o que é revolução.
Eu dei muito murro em ponto de faca. Eu soquei muita parede. Eu briguei com gente que era maior do que eu, e por isso eu pensei estar enfrentando grandes, quando eu apenas não sabia que eles eram ridiculamente pequenos e irrelevantes, e eu praticamente invisível. Eu, totalmente insignificante, lutando contra pessoas irrelevantes, mas na minha cabeça eu fazia uma verdadeira guerra em prol da mudança.
A realidade me trouxe de volta aos eixos quando eu finalmente percebi que por mais que eu brigasse, por mais que falasse, por mais que lutasse, nada mudava. As coisas sempre continuavam iguais, independente de minhas atitudes.
Foi aí que eu percebi que não havia uma guerra, a não ser na minha cabeça. Aqueles que lutavam a meu lado foram, um a um, se rendendo a mediocridade de suas próprias existências, e de repente me vi sozinha no fronte de batalha.
Uma pessoa sozinha não faz uma guerra.
Depois de certo tempo, exausta pela luta, quase enlouquecendo tentando compreender a guerra que só existia dentro de mim, eu resolvi me render.

Mas não me rendi.

terça-feira, 7 de março de 2017

quarta-feira, 1 de março de 2017

old friends

Antigos fantasmas têm aparecido para assombrar a minha alma.
Eles me são todos familiares, e de todos sou bastante conhecido.
Há anos estavam calados, quem sabe adormecidos.
Agora que acordaram, não param de perturbar a minha já tão perturbada alma.
Se pelo menos me trouxessem novidade...
Mas apenas repetem o velho e batido discurso.
Me relembram dos mesmos abomináveis erros.
Me acusam dos mesmos imperdoáveis crimes.
Me condenam pelos mesmos incorrigíveis defeitos.
Me zombam pelos mesmos estúpidos fracassos.
Me afligem com os mesmos desgastados medos.
Se pelo menos me roubassem a coragem...
Mas não, desafiam-me naquilo que me mantém vivo.
Me roubam dos mesmos preciosos momentos.
Me mutilam com os mesmos enferrujados instrumentos.
Me maltratam com os mesmos velhos tormentos.
Me enganam com os mesmos antigos conceitos.
Me devoram com os mesmos famintos olhos.
Se pelo menos me roubassem a solidão...