domingo, 18 de setembro de 2016

revisitar

De repente ficou tudo tão quieto que me assustou pela calmaria.
E eu tinha todos os motivos pra estar com medo.
Entrou um vento e tirou tudo do lugar, bagunçou com tudo aquilo que eu tão meticulosamente escondi debaixo dos tapetes da alma.
Que importa se não está de fato arrumado?
A um armário bagunçado basta fechar a porta para se ter a impressão de que está organizado.
E de que importa sabermos que a bagunça está apenas trancada, escondida atrás de portas fechadas?
O importante é que quem vem de fora tem a impressão de que tudo está bem.
Mas agora esse vento entrou e tirou tudo do lugar, escancarou portas e expôs toda a minha desordem.
E eu odeio tanto tudo isso, especialmente porque agora eu vou ter que rever, de novo, todos os meus conceitos.
Estou cansada de ter que, toda vez, reler os mesmos diagnósticos sobre mim mesma para tentar me entender. 
E exatamente quando eu achava que já estava em paz comigo mesma...

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