segunda-feira, 16 de maio de 2016

(in)sanitário

Munida de um arsenal de limpeza, eu estava determinada a sumir com aquela mancha no vaso sanitário. Casa velha, tudo velho, e um vaso sanitário encardido. Eu não estava acostumada em morar numa casa onde o vaso sanitário é encardido. Então finalmente criei coragem e me dispus a limpar. Usei uma esponja de aço, e esfreguei a mancha com toda a minha força, e água sanitária, e outras denominações de desinfetantes e miraculosos tira manchas. Ao final do processo, meu braço estava cansado, as luvas furadas, e as manchas agora eram cinzas, da cor da esponja de aço. Fiquei tão furiosa e frustrada.
No final do dia o único assunto na minha cabeça era o vaso sanitário, eu só conseguia pensar nisso, nos motivos pelos quais não consegui limpá-lo, e o quanto me incomodava aquela mancha horrorosa, parecia que estava sempre sujo, não importava o quanto eu limpasse.

Foi então que me ocorreu um questionamento: quando foi que me tornei essa pessoa tão desinteressante?

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