quarta-feira, 1 de outubro de 2014

do fundo do baú

Encontrei este meu texto antigo, perdido por entre meus arquivos e achei tão lindo.

"Parei por alguns instantes contemplando o céu nublado de um final de tarde. Nuvens escuras cobriam toda sua vastidão. Meu coração estava envolto por sentimentos de liberdade e paz. Fiquei ali olhando para o alto, tentando ouvir a voz do meu interior. De repente um sorriso veio tirar minha concentração, e comecei a escrever assim:

Às vezes certos sentimentos gigantescos de liberdade invadem meu coração, e por um breve instante de tempo parece até que vou voar. Quando isso acontece consigo ver a grandeza real das coisas, do pôr-do-sol, de um sorriso... Até mesmo o céu nublado passa a ter um significado bonito e uma linda lição de vida. Quando minhas asas começam a querer se abrirem eu consigo enxergar que há um espetáculo estelar por trás das nuvens escuras.
            Então descubro que, como disse certo poeta, o coração do homem é infinito. Ele retém sonhos, ilusões, todos nossos sentimentos. E é engraçado pensar nisso porque são sintomas de vida; logo o coração do homem é infinito porque retém vida em si, e a vida é algo que não se pode medir.

            Consigo até ir além. Quando penso que Deus - sendo tão infinitamente grande - habita meu coração, tenho a certeza de que o poeta tinha toda razão."

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