Tem uma coisa na luz da vela que me fascina.
Não sei se é o movimento, ou se é o fogo em si, mas há algo hipnotizador na luz de velas.
Talvez por ser um fogo contido, controlado, pequenino, que se move inofensivo mas que, sabemos, arde de qualquer jeito e pode queimar.
Tão singelo, tão silencioso, tão humilde...
O fogo da vela parece nos olhar nos olhos enquanto arde.
Parece nos observar.
O fogo da vela é expectador silencioso da nossa própria vida queimando-se no fogo das horas, como o pavio queima no fogo da vela que se derrete.
E quando o pavio termina, o fogo simplesmente se apaga, silencioso, calado, despercebido.
Velas não fazem alarde, elas simplesmente evaporam.
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