terça-feira, 29 de novembro de 2016

vácuo

Estou rodeada de inspiração, de motivos, sons e sabores, cheiros e cores, e no entanto, não tenho vontade de escrever...

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

delicadamente

Quando uma poesia bate à porta do pensamento, se você não abre logo 
ela vai embora.
E pode ser que não volte nunca mais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

evaporar-se

Tem uma coisa na luz da vela que me fascina.
Não sei se é o movimento, ou se é o fogo em si, mas há algo hipnotizador na luz de velas.
Talvez por ser um fogo contido, controlado, pequenino, que se move inofensivo mas que, sabemos, arde de qualquer jeito e pode queimar.
Tão singelo, tão silencioso, tão humilde... 
O fogo da vela parece nos olhar nos olhos enquanto arde.
Parece nos observar.
O fogo da vela é expectador silencioso da nossa própria vida queimando-se no fogo das horas, como o pavio queima no fogo da vela que se derrete.
E quando o pavio termina, o fogo simplesmente se apaga, silencioso, calado, despercebido. 
Velas não fazem alarde, elas simplesmente evaporam.



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

S.O.S

Tem tanto barulho, tantos sinais, tanta gente atordoada, perdida e ferida. Tem tanta confusão, tantos conselhos, tantas mentiras disfarçadas de verdade, que eu me pergunto: 

"como é que se pede socorro hoje em dia?"