Sentada em uma cafeteria na estação de trem em Roma Termini. Deus, eu e toda a Itália pela frente.
Observo os casais ao redor. Há famílias, casais de namorados...
Eles se beijam, trocam carinhos, se olham nos olhos.
Ele sorri para ela, e ela lhe retribui com uma carícia no rosto.
Eles estão apaixonados. Bebem café quente.
Eu, por outro lado, tenho minha garrafa de água gelada por companhia.
A garrafa está ainda cheia. Eu penso que queria tanto um café quente, mas não pelo café, óbvio, e sim pela companhia.
Olho novamente para a minha garrafa de água gelada. Quero o café, quero o calor.
Mas então me dou conta: quem é que precisa de café para viver?
É da água que eu preciso. É a água que me mantém viva.
Café é só o que dá sabor a água.
Com isso percebi que eu tenho tudo o que preciso pra ser feliz...
O bom da água é que ela tem o sabor que a gente dá pra ela.
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