terça-feira, 16 de abril de 2013

fantasmas

Foi como abrir um baú repleto de memórias.
A sensação foi a mesma.
A diferença é que não havia nenhum baú... Só as memórias suspensas no ar, perdidas no espaço e no tempo.
É assim que vivo agora, vagando entre a realidade e essas memórias que me assolam, me assombram, me amedrontam, me confrontam.

Tento caminhar ignorando sua presença, mas elas estão flutuando... E para todo o lado que eu olho, lá tem uma memória me olhando, uma lembrança pedindo para ser capturada e eternizada em um verso que seja.
Mas e se eu quiser apenas me livrar delas?
Talvez se eu construir uma estátua com todas as minhas memórias eu possa caminhar pra bem longe de onde elas estão.
Talvez eternizá-las de algum modo seja a maneira de me libertar delas.
Mas me pergunto se isso é eficiente. Quero dizer, quem eternizaria algo que tenta esquecer?


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